segunda-feira, julho 15, 2013

'A Culpa é das Estrelas', de John Green



"Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais." - Markus Zusak, autor de A Menina Que Roubava Livros
Essa é opinião do autor Markus Zusak que está na capa brasileira de "The Fault in Our Stars", e realmente senti o mesmo com essa leitura: ri (e muito), chorei e ainda quero mais...
O livro foi escrito por John Green, um dos autores norte-americanos mais queridos pelo público jovem-adulto. Mora em Indianápolis, Indiana e tem um canal no YouTube com seu irmão, o "VlogBrothers".
"A Culpa é das Estrelas" foi lançado em julho do ano passado no Brasil e desde lá sempre aparece entre os mais vendidos das livrarias. As redes sociais estavam lotadas com frases e fanarts e minha curiosidade só aumentava. Em agosto eu fui à Bienal do Livro de São Paulo e parei no estande da Editora Intrínseca e quase comprei (sim, me arrependo por não ter comprado), mas finalmente, quase um ano depois ganhei e li.
O título faz referência a uma citação de "Júlio César", de Shakespeare e a ideia é que as decisões de uma pessoa são feitas por ela mesma, sem interferimento da sorte ou do destino:
 "A culpa, caro Brutus, não está nas estrelas, mas de nós mesmos, que nos rebaixamos ao papel de instrumentos(...)"

A protagonista é a Hazel Grace, uma paciente terminal de câncer mas graças a um milagre da medicina seu tumor encolheu. Ela estava sofrendo de depressão e sua mãe resolveu levá-la para o Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, onde conhece Augustus Waters, que está curado há algum tempo.
O livro favorito de Hazel é "Uma Aflição Imperial", de Peter Van Houten (Infelizmente o livro é fictício).
"Meu livro favorito era, de longe, Uma Aflição Imperial , mas eu não gostava de falar dele. Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma Aflição Imperial, do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição."
Ela dá o livro para Augustus ler, e ele também acaba virando um fã. O problema é que acaba no meio de uma frase e embora Hazel acredite que o livro acaba desta maneira porque a protagonista morreu, ela ainda tem muitas dúvidas sobre o final dos personagens. O autor nunca mais publicou nada e nunca respondeu suas cartas, mas um dia o Gus (apelido do Augustus) consegue falar com Peter Van Houten por e-mail mas ele disse que as respostas que eles tanto esperam só seriam ditas pessoalmente.
Hazel e Gus conseguem viajar para a Holanda (onde o autor mora) em busca das respostas é nessa viagem que acontece uma grande reviravolta.
"Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."
O que falar deste livro? É simplesmente incrível em todos os sentidos. É bem escrito, divertido, doloroso e vai te fazer pensar sobre muitas coisas.
"Não dá pra escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito minhas escolhas. Espero que a Hazel aceite as dela."

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