Já estive no centro de São Paulo em diversas ocasiões (mentira, só fui ao centro uma vez quando era criança e nos últimos meses tenho ido com frequência por causa das lojas de eletrônicos na Santa Ifigênia), mas sempre tive curiosidade quanto ao bairro da Luz por causa do Museu da Língua Portuguesa, que se situa na estação de trem das redondezas.
Visão da estação de uma de suas passarelas. |
No último domingo tive a oportunidade de ir conhecê-lo e, como habitual, não pude evitar dar uma passada na Pinacoteca do Estado de São Paulo localizada bem em frente à estação. Gostei bastante de ambas as exposições, valeu a pena ter ido. Já deixo claro, no entanto, que o Museu da Língua Portuguesa me chamou bem mais atenção devido a seu enfoque literário.
Museu da Língua Portuguesa
Meu passe para dentro do museu custou R$ 6 (na verdade, como sou um estudante dedicado, paguei apenas R$ 3). Até dezembro haverá gratuidade de ingresso às terças-feiras e aos sábados.
Logo depois de pagar recebi um ingresso para assistir a um pequeno filme sobre a história da língua portuguesa que começaria às 10h15. O problema é que já eram 10h17. O simpático ascensorista de um dos elevadores do edifício recomendou que aguardasse a sessão das 11h, mas me distraí tanto pelas galerias que acabei indo assistir somente meio-dia.
No tempo seguinte me dediquei a uma exposição sobre a vida e obra de Rubem Braga, autor que estudei durante os períodos de colégio.
Rubem Braga começou a trabalhar como jornalista aos 15 anos, e escreveu até o fim de seus dias. |
O museu estava dividido em três andares. O primeiro é o das exposições temporárias e por isso tem duração de 25 de junho até 01 de setembro. Atualmente está organizado sobre o escritor Rubem Braga e a década de 1940; o segundo mostra o desenvolvimento do Brasil e da língua portuguesa desde seus primórdios; o terceiro andar é reservado à apresentação da história da língua portuguesa.
Fiquei algum tempo interagindo com muito material sobre o escritor. Havia máquinas de escrever bem antigas, fotos, pinturas, cadernetas de anotações, artigos de noticiários... Em seguida parti para o segundo andar. Lá tive contato com muito sobre a história do Brasil e a cultura do país. Me interessei bem pela base etimológica que compunha os computadores interativos da seção, e foi legal dar uma olhada na "genealogia" das línguas.
Essa "telinha" tem nada menos que 106m de comprimento. |
História da língua portuguesa (topo à esquerda); origem e dispersão das línguas (abaixo à esquerda); e objetos de origem africana (à direita). |
É, me diverti brincando com isso. |
Enfim subi a escadaria pro terceiro nível, e após algum tempo de espera pude me aconchegar em uma das poltronas para assistir ao filminho. Era um curta de dez minutos sobre a origem da língua portuguesa. Depois de encerrada a apresentação fomos deslocados para outra sala. Parecia um salão comum, exceto pela escuridão dominante e pelo teto luminoso. Durante vinte minutos ganhamos música, frases de escritores conhecidos, trechos de poemas... Bem legal!
E tudo era projetado ao longo do salão. Bem lindo de se ver e ouvir... Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Monteiro Lobato, Gonçalves Dias...
Um pulinho na Pinacoteca
Bem em frente à Estação da Luz jaz a Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Arte contemporânea, pinturas e esculturas é o que mais pode ser encontrado e apreciado na galeria. Gostei do que vi. As obras, no entanto, estavam bem mais dispersas que no Museu da Língua Portuguesa, o que nos obrigava a percorrer trajetos mais longos para chegar até elas.
Espero poder voltar em breve tanto à Pinacoteca quanto ao Museu da Língua Portuguesa. Tem muita coisa que quero reler, observar e me aprofundar em ambas as exposições.
E você? Já visitou a Luz para enriquecer seus conhecimentos culturais?
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